Gemieira, com uma área de 440 ha, está situada a cerca de quatro quilómetros da sede do concelho. Os seus limites são estabelecidos da seguinte forma: A Norte, o rio Lima, tendo a Freguesia de Refóios do Lima na outra margem. A Sul a Freguesia de Gondufe. A Nascente a Freguesia de  Gandra e a Freguesia de  Beiral do Lima, e a Poente a Freguesia de Ribeira.

Os seus Lugares são os seguintes:  Baltar, Barreiro, Bárrio, Beirão, Bragunda, Cachadinha, Cancela, Capela, Cartumil, Casais, Casal, Cruzeiro, Estrada, Fonte Dama, Fontes, Forma, Freiriz, Freixido, Gemieira, Gibães, Hospital, Igreja, Loureiro, Ourogo, Pereiros, Picouto, Ponte do Casal, Portelos, Pousada, Prezevide, Quinta do Sol, Regueira, Ribeira, Ribeiro, Sôjo do Monte, Tomada, Torto, Vilar.

A nível de acessibilidades, Gemieira é servida pela A3 e pela E.N. 203, e a população tem ao seu dispor carreiras de transportes públicos regulares e diárias.

O Polo Industrial já implementado, perto do nó rodoviário da A3,  e portanto face à proximidade desta com os grandes centros urbanos, com certeza está a dinamizar e desenvolver economicamente Gemieira.

Outra vertente importante, é o sector do turismo, pois as belezas ribeirinhas do rio Lima com praia fluvial, as vistas panorâmicas observadas dos lugares de Vilar e Lameiro, juntamente com o seu património edificado, donde sobressai a Igreja Paroquial e algumas casas solarengas (Casa dos Casais, com capela, e Casa dos Barreiros), funcionam como pólos de atracção turística.

 

 

 

 

A primeira referência conhecida a Gemieira data de 1063. Situava-se, na época, nos limites do couto de Paradela.

As Inquirições de D. Afonso II, feitas em 1220, aludem a Santiago de Gemieira, enquadrada na terra de Penela.

É citada nas Inquirições de 1258 e, nas de D. Dinis, de 1290, com categoria de freguesia, fazendo parte, nas primeiras, do julgado de Neiva e, nas últimas, novamente do julgado de Penela.

Na taxação de 1320, a igreja de Santiago de Gemieira foi tabelada em cerca de 60 libras. No registo da cobrança das colheitas dos benefícios eclesiásticos do arcebispado de Braga, efectuada por D. Jorge da Costa, entre os anos de 1489 e 1493, tinha de rendimento 10 libras, ou seja, o correspondente a 765 réis, em dinheiro com morturas, e 48 réis e meio de dízimas de searas.

Em 1528, no Livro dos Benefícios e Comendas, inserida ainda na Terra de Penela, figura com o rendimento de 50 mil réis.

O Padre António Carvalho da Costa descreve esta antiga freguesia como abadia da apresentação da Mitra. Porém, a Estatística Paroquial, de 1862, diz que o direito de apresentação pertence , ao pontífice, a coroa e à mitra, alternadamente.

Na Gemieira, solares e quintas se sobressaem .O solar do Barreiro, aprimora-se para o Turismo de Habitação. A praia fluvial e um local de lazer e parque de arraiais instalado em Carvalhal na margem esquerda do rio Lima.

Vale a pena, também, observar os azulejos da igreja paroquial.

A nave forrada de azulejos azuis e brancos, tipo tapete, possivelmente dos começos de Setecentos; a capela-mor, com vários painéis figurativos dos finais do primeiro quartel do século XVIII, nos mesmos tons, representando cenas mundanas, cheias de pormenores pitorescos.

Uma referência especial para a Casa dos Casais, da qual saíram muitos notáveis da freguesia.

 

Fontes consultadas: Dicionário Enciclopédico das Freguesias, Freguesias- Autarcas do Séc. XXI, Inventário Colectivo dos registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo.